domingo, 4 de dezembro de 2011

Perdoar

Fiquei afastada um tempo. Aliás, sem tempo para escrever por aqui em meio às escritas do trabalho e da Pós graduação. Mas, vamos lá pq ontem foi de arrepeiar.
Tá bom, eu sei que só se dá aquilo que se tem, mas quem é mãe sabe do que eu vou falar. Nós aprendemos a amar nossos filhos de uma maneira que nunca, jamais em tempo algum, acreditamos que seria possível. Fazemos por eles o que podemos e quando não podemos, usamos a criatividade para dar um jeito na situação. Acompanhamos o desenvolvimento desses amores e somos forçadas a aprender novas coisas, desenvolver talentos e muitas vezes fazer florescer habilidades que serão necessárias, mas não tínhamos. Tô querendo dizer que a vida nos força, pelo amor, a sermos melhores, a doar mais tempo a deixar alguns lazeres de lado. Não é? Sei que as respostas foram positivas.
Mas, em se tratando de pai, pelo menos aqueles que tenho conhecido ultimamente , não mover uma palha é tradição. Os filhos crescem e eles, separados ou não das mães, sequer tentam acompanhar o ritmo, as fraldas, as mamadas, os tropeços, os questionamentos.......triste, muito triste.
Pq será que as mães tentam tanto ser ideais e eles não? Não consigo compreender, não mesmo.
Houve um tempo, até ontem, que me cobrei muito ser uma mediadora desse link entre pai e filha. Meus amigos alertaram, meus pais, minha terapeuta, mas no meu íntimo eu acahava que deveria fazer isso por ela. Até, ontem, quando numa discussão ridícula, ouvi coisas das quais não fazem parte do meu caráter e enetendi que por mais que se faça, para ele nunca está bom. Foi assim no casamento, pq seria diferente agora? É, mas ele prega por aí, que é um novo homem. Novo com carapuça bem antiga.
Portanto, internalizei ontem, depois de pensar demais, de ter vontade de chorar, de gritar, de pedir colo de mãe...que não intermediarei mais nada, nem mesmo dividirei minhas aflições. Até aí, ok, podemos ignorar a fala dele quando ele disser as besteiras e fazer cara de paisagem, de quem está lesada....evitam-se as brigas e mostramos a indiferença.
Mas, seguindo aquilo que acredito como doutrina, não me basta apenas ignorar, tenho de perdoar a ele e a mim. Senão, imagina, outra encarnação desse jeito?! Deus que me olhe!!! Brincadeiras a parte, tenho mesmo que perdoar para seguir vivendo tranquila, sem que essas atitudes me matem por dentro, me desequilibrem. Não quero sobreviver a essa tempestade, quero viver sem tornados, na calmaria que me é devida.

Bem, é isso.....depois eu conto sobre os progressos ou não dessa etapa de perdão......
Deus que me olhe! E olhe por ele tb......
Caroline

Um comentário:

  1. Amiga, como testemunha próxima de todas as fases, tenho certeza de que você vai se sair bem nessa. Porque você é um ser humano essencialmente bom, aliás, melhor do que eu(rsrsrs)...você sabe perdoar. Bj!!!

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